domingo, 28 de outubro de 2018

GR 22 Vale do Côa

O tempo para pedalar nestes últimos anos tem sido muito pouco. Mas ainda não me esqueci, nem perdi a vontade de pedalar. Aliás a vonta de pedalar é muita, o tempo é que é pouco.

Este ano aproveitando uma viagem ao norte do país decidi fazer a GR do vale do Côa. Já me tinham falado que era muito bonita, não me tinham dito é que também era igualmente dura (ou então esta ultima parte é culpa da minha péssima forma física).

 A patroa deixou-me a cerca de 8km da nascente e seguiu viagem de carro e eu fiquei com uma mochila com algum dinheiro e com uma coisa muito importante, o cartão multibanco (não fosse preciso chamar o táxi)
 Tinha pensado fazer a rota em dois dias, e depois iria fazer a deslocação de Vila Nova de Foz Côa para Miranda do Douro também de bicicleta, mas esta parte já por alcatrão.
Como tive uma série de contra-tempos no dia anterior o que me obrigou a sair muito mais tarde de casa no sábado, assim sendo em vez de arrancar as 8h30-9h da nascente como tinha idealizado arranquei ao meio dia. logo com uns trinta e muitos graus.
 O track que me tinham arranjado estava dividido em três partes, com cerca de 70km cada. Ao fim de 50km já ia a pensar dormir no final do primeiro track, tal não era a marretada. Quando cheguei ao final do track, parei num bar junto ao rio para comer e beber. Perguntei aos rapazes que lá estavam se havia alguma residencial, ou algum sitio onde alugar um quarto para pernoitar. Disseram-me que não e que o mais próximo seria em Almeida ou em Vilar Formoso. Como tanto para uma como para a outra eram cerca de 40km e o meu track não passava em Vilar Formoso lá tive que prosseguir para Almeida.

 Cheguei a Almeida mesmo ao final da tarde, não necessitei de ligar as luzes mas foi por pouco. Rápidamente arranjei onde dormir e jantar.

 Nunca tinha estado em Almeida, apesar de lá passar várias vezes perto. É uma cidade muito bonita, tentarei lá passar novamente para conhecer melhor.
Arranquei de Almeida cedinho para tentar chegar a Vila Nova de Foz Côa ainda de dia.
Até Almeida à excepção dos ultimos 15-20km o percurso era bastante rolante, agora daqui para a frente o terreno alterou completamente.
De Almeida para a frente praticamente deixou de haver terreno plano, ora tinha descidas ora tinha subidas muito inclinadas.
 Algo para estas zonas também dificil de arranjar é a água. A maior parte das aldeias porque passei nem um café tinham. Na maior parte delas nem uma pessoa encontrava.
Nas aldeias em que havia um chafariz com uma torneira ou algo do género, apesar de ter uma tabuleta a dizer "Água não controlada", eu enchia os bidons na mesma.
 Com a temperatura que estava e com as subidas que ia apanhando a água desaparecia num instante
 A vista do Museu do Côa é fantástica, complicada é a subida em terra batida com percentaqgens sempre a rondar os 20%.
 Depois de uma breve passagem pela vila, rumei em direcção a Torre de Moncorvo.
Em Torre de Moncorvo dormi numa residencial para restabelecer forças.
 Optei por sair de Torre de Moncorvo pela EcoPista da linha do Sabor. Já conhecia a EcoPista, mas também conheço a estrada nacional e acreditem que a EcoPista é muito mais agradável.
 Depois de ter andado no sábado e no Domingo com temperaturas muitas vezes a rondar os 40ºc, a segunda acordou escura e com trovoada. Para arrefecer o motor ainda fui levando com alguma chuva.
 Fiz pela EcoPista até Carviçais, daí para a frente a  EcoPista não está feita e torna-se completamente impossivel seguir a antiga linha do Sabor. Pois esta encontra-se cheia de silvas e vedações.

Depois de uma breve paragem em Mogadouro segui viagem em direcção a Miranda do Douro. Não houve fotos da chegada porque o cansaço era grande e ia atrasado para o Almoço. HEHE

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